Gatos Compulsivos

 

Miar sem parar, andar em círculos, comer tecidos, se automutilar (arrancar os próprios pelos)…

Saiba como lidar com compulsões como essas e identificar as tendências compulsivas, para evitar que se desenvolvam.

 

O comportamento compulsivo nem sempre é fácil de ser detectado.

Isso porque a compulsão pode se manifestar de diversas maneiras e em diferentes graus.

Mas, de maneira geral, o comportamento compulsivo pode ser definido como repetitivo e sem função (aparente).

É normal, por exemplo, um gato lamber as patas para se limpar.

Mas ficar se lambendo mais do que o razoável, já pode ser indício de compulsão.

Muitos comportamentos compulsivos nos dão a impressão de que o animal não se sacia – quanto mais faz, mais quer fazer.

Normalmente, a compulsão se intensifica quando o animal está ansioso ou passa por uma situação estressante, como mudança de casa, realização de faxina ou a presença de pessoa ou animal estranho.

 

Causa da compulsão

Alguns gatos e linhagens de gatos têm predisposição genética para a compulsão. […]

Situações estressantes e até o próprio tédio podem facilitar o desenvolvimento de compulsões.

Quanto menor o espaço disponível para o gato e a quantidade de atividades para ele praticar, maiores serão as chances de aparecerem compulsões.

Infelizmente, muitas compulsões desenvolvidas em situações estressantes não cessam quando o estresse diminui ou quando proporcionamos ao gato um ambiente maior ou mais atividades.

Por isso, alguns pesquisadores consideram a compulsão uma cicatriz comportamental, resultante de uma fase em que o gato não estava bem psicologicamente.

 

Como evitar

Tratar a compulsão é trabalhoso e a cura, dificílima.

O melhor é prevenir.

Já que o estresse e a falta do que fazer são os principais causadores das compulsões, duas medidas estratégicas para evitá-las são socializar muito bem o gato e entretê-lo adequadamente.

A sociabilização do gato feita com animais, pessoas, barulhos, cheiros e ambientes o torna muito mais tranquilo e preparado para mudanças que poderão ocorrer durante a vida.

Já o enriquecimento ambiental faz com que o gato gaste a energia com atividades físicas e mentais, impedindo-o de se engajar em comportamentos repetitivos sem função.

Para isso, crie diversos estímulos – espalhe brinquedos e esconda petiscos pela casa, por exemplo.

 

Tratamento

É bastante comum que, ao ser impedida uma compulsão, ela se transforme em outra compulsão.

Por isso, não é aconselhável tentar bloquear compulsões que não nos incomodam demais e que não machucam o animal.

Gatos impedidos de mastigar tecido, por exemplo, podem começar a arrancar os próprios pêlos.

As compulsões não perigosas para o gato podem servir de parâmetro para medir a eficácia de um tratamento feito por meio de controle do estresse e pelo aumento de atividades físicas e mentais.

A compulsão “segura” pode até ser útil para ocupar o gato e evitar o desenvolvimento de compulsões mais perigosas.

O estresse é controlável evitando situações que incomodem ou assustem demais o gato ou que durem muito tempo.

Se não houver maneira de evitar tais situações, procure acostumar o gato a elas, gradativamente. […]

Já as compulsões que provocam machucados no gato ou são perigosas para ele, como se automutilar e engolir objetos não comestíveis, precisam ser bloqueadas.

Nesses casos, não devemos perder tempo – os comportamentos compulsivos vão ficando cada vez mais difíceis de ser tratados.

 

Podemos bloquear compulsões de diversas formas.

Tanto impedindo fisicamente o gato de engajar-se nelas (por exemplo, com o uso de “abajur” ou colar elisabetano quando arranca o pelo), quanto provocando um susto moderado ou um desconforto físico (um jato de ar no momento em que a compulsão se inicia).

O problema desses tratamentos é que, normalmente, o gato fica ainda mais estressado, o que prejudica seu bem-estar e aumenta a chance de aparecer outra compulsão.

Por isso, principalmente no caso dos gatos que ficam mais facilmente estressados, é comum recomendar terapia medicamentosa em conjunto com terapia comportamental.

fonte

Observação:

Terapias Holísticas (florais, aromaterapia, reiki etc) e Homeopatia costumam dar bons resultados.


 

A cirurgia de castração evita doenças, previne tumores, facilita o convívio e é garantia de bem estar emocional para cães e gatos, machos e fêmeas.

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Gato Verde, em defesa dos Direitos Animais