BRIGAS entre GATOS

Adestrando Gatos

 

Aqueles que convivem com gatos e já presenciaram brigas entre eles sabe que a situação é bastante estressante.

Se as lutas se tornam frequentes, muitas vezes, os felinos acabam sendo afastados em cômodos separados, para que sejam evitados os embates.

Esse comportamento não é anormal, do ponto de vista dos felinos, mas é importante entender os motivos pelos quais brigas ocorrem e como agir da forma correta.

Gatos são animais bastante territorialistas e, percebendo a “invasão” por outros membros da mesma espécie, podem se sentir bastante desconfortáveis, especialmente se perceberem que os recursos de que necessitam estão ameaçados (caixa de areia, água, comida, fêmeas no cio).

Apesar de serem comuns brigas entre gatos veteranos na casa e os novatos, elas também podem começar a ocorrer entre felinos que antes conviviam bem.

Um exemplo: se um deles saiu de casa para uma consulta com o veterinário e, ao voltar, não foi reconhecido pelo outro, uma briga pode ocorrer.

 

É importante mencionar que raramente as brigas entre gatos geram a morte de um deles.

Isso é mais comum entre cães, especialmente com um grupo numeroso, pois, o que está sendo atacado pelo agressor, pode também passar a ser pelos demais.

Entre gatos, quando dois brigam, os demais costumam se afastar.

 

Em geral, filhotes são mais bem aceitos do que os adultos.

Os machos não castrados tendem a ser mais reativos a novos membros no grupo.

 

No caso de ocorrência de brigas sérias, o relacionamento dos gatos pode ficar bastante comprometido.

Neste caso, é preciso cuidado e paciência na tentativa de reaproximá-los, sempre lembrando que, para que haja sucesso, o gato deve associar a presença do outro a consequências positivas – comida, carinho e até brincadeiras.

 

O ideal, para tanto, é iniciar um treinamento de aproximação gradativa.

Inicialmente, os gatos podem ser deixados separados, em cômodos diferentes da casa, sempre garantindo que todos tenham acesso à água, comida e caixa de areia.

Regularmente, o dono pode passar um pano em cada um dos gatos e deixá-los embaixo do prato de comida do outro, para que se inicie, assim, uma associação do cheiro do outro gato com algo prazeroso (a hora de comer).

Acostumar-se ao odor dos outros membros da colônia é um passo importante na habituação dos gatos, já que o olfato dos felinos é extremamente desenvolvido.

 

Quando se notar que os gatos estão se mostrando mais confortáveis e tranquilos em relação aos sons do outro, é interessante trocá-los de cômodo, mas ainda sem se verem.

O próximo passo é a aproximação propriamente dita, que pode ser feita por uma fresta da porta, ou mesmo através de um portão telado, colocado na porta, para que os gatos se vejam, mas sem ainda conseguirem se tocar.

Outra opção é usar caixas de transporte colocadas perto uma da outra.

 

É importante analisar sempre o nível de estresse e insegurança de todos: se notado que o estímulo está alto demais e algum deles não está se sentindo confortável, é importante recuar.

Só se deve deixar os gatos livres para interagirem quando perceber que todos estão à vontade e tranquilos.

Antes disso, qualquer comportamento de um gato perseguindo o outro deve ser coibido.

Utilizar comida úmida para gatos no momento da aproximação é uma boa opção de associação positiva entre eles.

 

É muito importante sempre observar os sinais de medo ou agressividade, pois gatos mais novos podem estar querendo brincar e parecer ao mais velho uma ameaça, o que pode deflagrar uma briga.

Se o dono não tem segurança ou conhecimento para interpretar a linguagem corporal dos felinos, nem está conseguindo evitar as brigas, o ideal é consultar um especialista em comportamento animal para auxiliar no que for necessário.

 

Finalmente, deve-se evitar que os gatos da casa tentem proteger os recursos, por serem escassos.

O ideal é que haja sempre uma caixa de areia a mais em relação ao número de gatos, posicionadas em locais diferentes da casa.

Além disso, vários potes de água devem ser colocados nos ambientes e cada gato deve ser alimentado em seu cantinho.

Cassia Rabelo Cardoso dos Santos
Escreve para Guia Universo Pet, a Revista Pulo do Gato, a Revista Expressão e é adestradora da Cão Cidadão (franquia) – www.caocidadao.com.br

Publicado em 22/05/2013 – http://www.tudogato.com/2013/05/brigas-entre-gatos-adestrando-gatos.html


 

 

MOTIVOS QUE LEVAM OS GATOS A BRIGAREM

 

Infelizmente, alguns gatos se envolvem em brigas sérias e frequentes que são situações estressantes para eles e para as pessoas da casa.

As relações entre gatos são dinâmicas e costumam mudar com o tempo.

Gatos que não se dão bem hoje podem virar amigos ou se tolerar no futuro, enquanto outros que são amigos começam a brigar.

Entender a dinâmica desse comportamento é fundamental para evitar que inimizades venham a ocorrer e para, quando surgirem, poder controlá-las.

Motivos de conflitos

 

Introdução de novo gato

Os gatos costumam considerar como competição a presença de novos gatos.
Na natureza, relacionam o território com as fontes de alimentos, com os parceiros sexuais e com os abrigos.
Querer defender o território é, portanto, uma tendência dos gatos mais antigos da casa.
Filhotes costumam aceitar bem os novos integrantes do grupo e ser bem aceitos pelo grupo com muito mais facilidade do que os gatos adultos.
Os machos adultos não-castrados são os mais intolerantes, principalmente com outros machos adultos.
Já os machos castrados são menos agressivos.

Crescimento e saúde

Quando os filhotes se tornam adolescentes ou adultos, podem rejeitar outros gatos ou ser rejeitados por eles.
Na natureza, esses confrontos desencadeiam a expulsão de um membro ou a formação de um novo grupo.

Gatos mais velhos ou doentes também estão sujeitos a sofrer ataques de outros gatos.
Impossibilitados de fugir, podem passar parte do resto da vida se escondendo dos agressores.
Mas nem sempre isso ocorre.
Em vários casos, os gatos mais velhos chegam a ser paparicados pelos demais, recebendo lambidas e cuidados.

Encontro pós-separação

Às vezes, uma breve separação pode desencadear brigas terríveis entre gatos que nunca haviam brigado antes.
Quando um gato volta ao grupo após ter ido ao veterinário, por exemplo, chega com cheiros diferentes, estressado…diferente.
Ao notar essas diferenças, os outros gatos podem atacá-lo.
Como consequência, o gato que acabou de voltar ao grupo pode perder a confiança em seus companheiros e atacá-los quando chegarem perto demais.
Na maioria das vezes essa situação é passageira e tudo volta ao normal.
Mas há ocasiões em que ocorre o oposto: os gatos brigam tanto que as pessoas resolvem separá-los.
Situação semelhante é observada com o gato que sai de casa para dar uma volta pelo bairro e, ao voltar para casa, ataca os demais ou é atacado por eles.

Outras situações estressantes

Gatos gostam de se sentir no controle da situação, principalmente quando estão estressados.
Nesses momentos, tentar se aproximar demais deles ou até mesmo segurá-los ou acariciá- los pode resultar em arranhões e mordidas.
Em situação de estresse, dois gatos que se dão bem podem começar a brigar.
Às vezes o gato que não está estressado se aproxima do estressado com a melhor das intenções, mas é mal interpretado e pode sofrer um ataque e acabar entrando numa briga.

Existem diversas situações capazes de deixar um gato estressado.
Por exemplo, a chegada de um novo animal na casa, tomar banho e mudança de casa.

Resultado das brigas

Quando dois gatos brigam, normalmente os companheiros se afastam, ao contrário do que ocorre em matilhas de cães.
Embora o gato que perdeu a briga possa começar a ser atacado pelos demais por dar demonstração de medo e fraqueza, são muito raros os ataques coletivos entre gatos.

Separar dois gatos depois que se “atracaram” não costuma ser muito fácil…
Melhor evitar que aconteça.


Texto adaptado de http://www.caocidadao.com.br/artigo/causas-de-brigas-entre-gatos/


 

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Gato Verde, em defesa dos Direitos Animais