CÃES ANSIOSOS – 1ª parte

 

Seu cachorro não para um segundo?
É incapaz de simplesmente ficar deitado ao seu lado, precisando sempre estar em atividade?
Destrói jardins e móveis quando fica sozinho?  Parece que está sempre ‘ligado no 220’?

Então, muito possivelmente seu cão sofre de ansiedade.

 

Cães ansiosos são sempre hiperativos, ficam o tempo todo tentando chamar a atenção e nunca conseguem relaxar.

Só param quando ficam exaustos.

Este é um comportamento muito comum nos cães, e (infelizmente) raros são os donos que conseguem lidar com isso.

Não existe uma causa que sozinha determine se um cão será ou não ansioso, mas algumas questões, sem dúvida, são determinantes no comportamento dele, e mais especificamente na probabilidade dele ser um cão ansioso.

O ambiente em que o cão fica é fundamental.

Raros são os cães que têm estabilidade emocional para aguentarem ficar sozinhos o dia inteiro.

Mesmo assim sabemos que esta é uma condição muito comum na vida dos cães.

Cães precisam ter companhia!

Isto é mais importante até do que ter espaço. […]

O dono não consegue ter uma boa convivência com o próprio cão, nunca chegando a  estabelecer uma relação de liderança.

O cão reage, tentando fazer de tudo para ter a atenção do dono, mesmo que seja a atenção negativa […]

E, na maioria das vezes, essas tentativas são tremendamente desajeitadas, muitas vezes chegando a machucar o dono.

 

Isto afasta o dono cada vez mais do cão, tornando tudo um círculo vicioso:

o cão é ansioso; e por conta disso seu dono evita o contato; e com isso aumentando mais a carência do cão, que fica mais ansioso. 

 

Outra situação a ser ressaltada é o caso de cães que não têm qualquer distração.

Nada pior para um cão do que a falta de atividade.

Cães precisam de distração; precisam brincar.

Muitos se distraem olhando a rua; outros passam horas brincado com bolinhas; roendo ossos etc.

Porém há muitos cães que não tem nada o que fazer o dia inteiro! Nada!

Toda a energia deste cão fica totalmente canalizada para a hora que seu dono abre a porta de casa ao chegar do trabalho.

Daí temos o mesmo problema que descrevi antes: o cão machuca, o dono rejeita; o cão machuca, o dono rejeita…

Isso tem solução???

Tem!

Temos que mudar o ambiente deste cão de forma que ele possa ter uma vida saudável.

Neste sentido, precisamos também trabalhar a relação entre o dono e o cão de forma que os desejos do dono sejam mais claros para o cão, ou seja, fazer deste dono um líder.

Além disso, é importante que o dono aja de forma a estimular que o cão tenha um comportamento mais calmo.

Muitas vezes o dono só dá atenção ao cão quando este está latindo muito, ou fazendo muito bagunça.

Isto em linguagem canina quer dizer: faça bagunça, e você terá a minha atenção; ou lata muito, e eu olharei pra você.

Ou seja: mais uma vez estamos falando da atenção negativa.

Falar bem baixo, por exemplo, fará com que o cão tenha que ficar menos agitado para poder ouvir o que estamos falando.

Gritar é pior, pois o cão pode acreditar que a liderança será conseguida (literalmente) no grito, então ele irá gritar da única forma que ele sabe: latindo, e bem alto.

Quando falamos baixo, no entanto, não só fazemos com que ele mude de comportamento, para poder prestar a atenção ao que falamos.

Assim proporcionamos a ele a possibilidade de poder ouvir suavemente a nossa voz.

Ele vai adorar!

Comece a agradá-lo suavemente enquanto ele ficar quieto. […]

Nunca dê atenção ou faça carinho quando ele estiver agitado.

Nesse momento cruze os braços, dê as costas e ignore-o.

Assim que ele ficar parado de novo, faça carinho e um breve elogio.

Isso ensinará a ele que é quando ele fica quietinho que você faz carinho nele.

 

É importante recompensar o cão sempre que ele se mostrar calmo e carinhoso.

Atividades agitadas não devem ser incentivadas.

Não se deve fazer brincadeiras muito agitadas ou agressivas com cães dessa natureza.

Mostre que quando ele fica calmo ele terá a sua atenção, o seu carinho, e até pode ganhar um petisco!

Não se esqueça, também de se certificar que seu cão não fique entediado. […]

Outra dica são os brinquedos feitos para cães solitários.

São brinquedos que distraem o cão, normalmente usando a própria comida do cão como objetivo.

O cão tem que mexer o brinquedo de determinada forma para conseguir a comida, ou petisco.

É importante falar que estas coisas levam tempo.

A mudança de comportamento do cão é gradual e exige tempo e determinação de quem o educa.

Adaptação de dogtimes.com.br/ansiedade.htm


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CÃES ANSIOSOS – 2ª parte

Cães que Lambem as Patas sem Parar

 

De uma maneira geral, os cães são animais bastante ativos.

Os cães necessitam se distrair e brincar mesmo depois de atingirem a terceira idade.

Não é incomum ver cães idosos brincando com outros cães como se todos fossem filhotes.

Para piorar um pouco, há raças que foram propositalmente desenvolvidas para serem muito ativas. O problema se instala quando resolvemos transformá-las em cães de companhia. Então pegamos um cão que tem toda a carga genética impelindo-o a ser ativo, e deixamos este cão ficar horas sem ter qualquer atividade.

O tédio é inevitável!

É bastante comum que tais cães desenvolvam comportamentos compulsivos.

Alguns lambem suas patas até feri-las; outros se coçam sem parar; perseguem o próprio rabo, mordiscam ou arrancam pelos, e até roem móveis.

Todos estes comportamentos são comuns aos cães, mas que exigem um olhar mais cuidadoso quando se tornam obsessivos.

Isto é: o cão simplesmente não consegue parar este comportamento, mesmo sofrendo danos evidentes causados por eles.

Os mais comuns são os problemas crônicos de pele, tais como coceiras que nunca saram, falhas eternas na pelagem, machucados que nunca cicatrizam, gengivas sangrando etc.

Segundo o dermatologista veterinário Richard Harvey (1994) os cães geralmente começam a se coçar, lamber e até morder quando se sentem entediados, e depois que este comportamento se instala é quase certo que tende a piorar, e às vezes muito rápido.

Seja este cão solitário, ou mesmo muito ansioso, a origem é sempre a mesma: falta de distração.

Transportando isto para termos humanos, este comportamento não é muito diferente de quem rói unhas. É comum vermos pessoas que chegam a ferir as pontas dos dedos de tão roídas. E nem mesmo assim este roedor deixa de roê-las. Quem rói unha, muitas vezes nem mesmo percebe que está roendo, quando vê a mão já está na boca.

Com os cães ocorre a mesma coisa.

Trata-se de um vício, ou ainda, um comportamento compulsivo.

 

Como resolver este problema?

Aumente a atividade diária de seu cão.

– Faça com ele passeios diários […]

– Certifique-se que ele sempre tenha um brinquedo novo à disposição […]

– Se você mora em casa, e seu portão é vazado, deixe que seu cão possa ver o movimento da rua. Isto costuma distraí-los bastante.

 

Você também pode tentar um tratamento com Terapias Complementares para equilibrar as emoções do seu companheiro canino, como Florais de Bach, Aromaterapia etc.

Adaptação de dogtimes.com.br/ansiosos2.htm

 

 

GatoVerde em defesa dos Direitos Animais